10 medidas para os condomínios reduzirem as despesas em até 30%

 

Todo condomínio consegue reduzir despesas se tiver uma gestão eficiente

 

Com quase 12 milhões de desempregados, o Brasil vive uma de suas maiores crises. A perda do emprego traz uma redução dos gastos e, consequentemente, o atraso nas contas do mês, inclusive a do condomínio. “Existem três tipos de devedor: o contumaz que tem dinheiro, mas não paga porque não quer. Aquele que atrasa alguns dias, mas paga todos os meses e o que vive uma dificuldade financeira momentânea”, explica o Dr. Rodrigo Karpat, advogado especialista em direito condominial e imobiliário.

 

A redução de despesas no condomínio nem sempre torna a taxa condominial mais barata, mas evita, muitas vezes, um aumento excessivo e permite investimentos que valorizem os imóveis. Em outros casos, como por exemplo, a implantação da portaria virtual, a redução de despesas chega a atingir 40%, tendo em vista que a folha de pagamento em geral é responsável por 50%, chegando a extremos de 80%, como no caso de prédios pequenos com portaria 24 horas, faxineiro e zelador, do total de gastos de um condomínio. “Todo condomínio consegue reduzir as despesas se tiver uma gestão eficiente”, explica Karpat. Que complementa, “porém, a redução deve ser consciente e não pode colocar o condomínio em risco, seja de ficar sem dinheiro, ou de efetuar reduções que podem sair caro mais para frente como, por exemplo: ficar sem contrato de elevador, não pagar horas extras aos funcionários quando devidas.”

 

Para ajudar os síndicos e gestores condominiais na redução de despesas o especialista listou 10 medidas eficazes.

 

  1. Portaria Virtual – Atualmente é a medida que provoca a maior redução de despesas dentro de um condomínio. É possível dispensar todos os funcionários da portaria ou, em alguns casos, de apenas uma entrada do condomínio. De qualquer maneira, a redução de gastos pode atingir 60% na folha de pagamento e 30% na taxa condominial. Esta é uma tendência que veio para ficar e será implantada em boa parte dos condomínios nos próximos 10 anos;

 

  1. Iluminação de led – A lâmpada de led economiza 90% de energia em relação a tradicional incandescente. Fazer a troca de todas as lâmpadas é um investimento que é pago, em média, em 18 meses e, depois disso, provoca uma economia que varia entre 20% e 30% na conta de luz, dependendo do tipo de lâmpada utilizada anteriormente;

 

 

  1. Temporizador de luz – A frente do prédio é o único local em que se recomenda ficar aceso durante toda a noite, única e exclusivamente por questão de segurança. Entretanto, nas demais áreas não existe a necessidade de todas as lâmpadas ficarem acesas, como nas garagens, por exemplo. Após às 22h, o trânsito de pessoas cai drasticamente e o uso de temporizadores, ou seja, quando o sistema de iluminação só é acionado por um sensor de presença, é a melhor pedida;

 

  1. Individualização de água – Ainda muitos prédios antigos não possuem a medição de água individualizada. É notório que o brasileiro só se preocupa quando pesa em seu bolso. Quando o consumo é dividido entre todos, não importa se ficará cinco minutos ou 30 minutos no banho. A individualização do medidor é a solução;

 

  1. Individualização de gás – Muitos prédios com mais de 20 anos não possuem a medição de gás individualizada, muitos deles utilizavam a caldeira que era o gás central. Quando o consumo é dividido entre todos, não importa se ficará cinco minutos ou 30 minutos com o fogão ligado ou o sistema de aquecimento de água. A individualização do medidor é a solução;

 

  1. Água de reuso e captação de chuva – Atualmente, existem diversas alternativas e tecnologias para o melhor aproveitamento da água. É possível retirar água do lençol freático em alguns casos, tratar o esgoto doméstico, reutilizar a água consumida e captar a da chuva. A construção de poço requer licença. Com a crise hídrica nos últimos anos e a previsão de reservatórios cada vez mais vazios, é natural que o valor do metro cúbico suba. O condomínio que pensa em economizar no futuro, precisa investir no presente;

 

 

  1. Energia Solar – Apesar de o tempo de retorno ser de sete anos, em média, como a duração de cada placa é de no mínimo 20 anos, o condomínio consegue lucrar durante 13 anos. Vale ressaltar que é preciso verificar a incidência de sol de cada localidade para verificar o investimento;

 

  1. Assessoria Jurídica – Contratar um escritório de advocacia vai muito além de apenas defender o condomínio de possíveis ações trabalhistas e ajuizar processos contra moradores inadimplentes. Um papel é o de revisar todos os contratos com empresas terceirizadas e renegociar com cada uma delas. Sempre é possível reduzir e, em tempos de crise, as empresas preferem diminuir a margem de lucro a perder o cliente;

 

  1. Readequação do quadro de funcionários – Em muitos condomínios existe ou um excesso de funcionários ou um planejamento ruim de escala de serviço que implica no pagamento de horas extras e, assim, gastos desnecessários;

 

  1. Síndico ou gestor, desde que tenham uma gestão profissional – No passado, era visto como um custo, mas hoje o síndico/gestor profissional compensa financeiramente. Todos os itens anteriores podem ser implementados por ele. Assim como as portarias-virtuais, a gestão profissionalizada é uma tendência irreversível.

 

Quanto antes forem implementadas essas medidas, mais rápido e maior será a economia para o condomínio.

 

*Jornalista