A aparição de goteiras, infiltrações e mofo nas paredes ou teto é sempre sinal de dor de cabeça no condomínio, seja para o morador, o qual se preocupa com os danos ao seu patrimônio e os prejuízos financeiros, ou mesmo para o síndico que, por sua vez, preocupa-se com a estrutura do prédio e, de quebra, frequentemente é chamado a resolver conflitos entre condôminos que não sabem de quem é a culpa para as avarias

 

Essa “culpa”, muitas vezes, precede até mesmo a ocupação do prédio pelos moradores. Ela está na gênese do projeto e execução da construção, uma vez que – por negligência ou economia – as construtoras não realizam a impermeabilização adequada de lajes, paredes e pisos. Isso acarreta problemas que chegam com o tempo e podem até mesmo comprometer a segurança do prédio, pois a água oxida estruturas de ferro, fundamentais para manter o prédio de pé.

 

Alerta – Rachaduras, vazamentos, goteiras e infiltrações se tornam mais perceptíveis no período das chuvas e devem servir de alerta para mostrar que algo está errado! A impermeabilização de lajes e coberturas é extremamente importante para proteger a alvenaria contra a umidade, é um erro pensar que azulejos ou cerâmicas protegem o piso conta a infiltração, pois a água continua a passar e a causar diversos problemas.

 

Somente o processo de impermeabilização é capaz de selar e vedar superfícies fabricadas com materiais porosos e suas falhas, geradas por movimentos na estrutura ou por erros na execução da obra. Infelizmente, algumas construtoras não realizam esse processo corretamente e os ocupantes do prédio só vão perceber os prejuízos tempos depois. E as despesas não são baratas: recuperar os danos causados por falta de impermeabilização pode sair muito mais caro do que fazê-la no tempo correto. De acordo com especialistas, o custo do processo durante a construção pode ser de 1% a 3% do valor da obra, mas a execução depois da obra concluída pode corresponder a até 25%.

 

Existem dois sistemas de impermeabilização: rígidos e flexíveis. No primeiro, aditivos químicos são adicionados aos materiais de construção, reduzindo a porosidade dos mesmos. Este tipo é indicado para locais que não exista possibilidade de trincas ou fissuras como subsolos, piscinas internas e galerias de barragens. A outra opção é aplicável em áreas sujeitas a fissuras e possui duas subcategorias: moldados no local (membranas) e os pré-fabricados (mantas). Estas são ideais para telhados, terraços, reservatórios de água, entre outros.

*Jornalista

 

 

Por Cecília Lima