Cobertura de garagem: padronizar é o ideal

Cobertura de garagem: padronizar é o ideal

Em muitos prédios antigos as vagas são descobertas. Mas para que todos os veículos fiquem protegidos, o melhor é que todos concordem como tipo de cobertura

 

As garagens costumam ser um dos principais motivos de discussões em condomínios. Uma hora são brigas pelas vagas, outra hora um pequeno incidente. Nos condomínios mais antigos, muitas vezes a polêmica é com relação à cobertura das vagas. Esses prédios foram construídos com vagas descobertas e os carros ficavam ao ar livre, expostos às intempéries. Em muitos edifícios, os condôminos preferem construir ou instalar a cobertura da garagem, mas até decidirem o que e como fazer, é preciso passar por algumas etapas que podem gerar discussão.

 

A história aconteceu no Condomínio do Edifício Rio Japurá, localizado na Serra, região centro-sul de Belo Horizonte. Lá, as vagas são descobertas, mas um grupo de moradores pediu à síndica Tereza Gonçalves que promovesse a cobertura. Segundo ela, quando a discussão foi lançada, muitos moradores não concordaram. Por causa da polêmica, a assembleia decidiu que a cobertura das vagas poderia ser opcional, ficando vedada a cobertura das vagas frontais, para não atrapalhar o visual do edifício. Então, a síndica fez uma pesquisa de preço e os moradores optaram por um material recheado com uma espuma, pra diminuir o barulho provocado pelo vento e pela chuva. “Agora, criamos um padrão e todos os que quiserem cobrir as vagas tem que comprar o mesmo material, para conservar a estética”, diz a síndica. Ela diz que o serviço não ficou barato. “Por causa do preço, teve gente me pedindo pra fazer diferente, mas eu não deixei. Não é fácil levar as coisas, mas agora as pessoas vão ter que seguir o padrão, que foi votado em assembleia”, afirma Tereza.

 

Decisão soberana – A atitude da síndica é acertada, de acordo com Leornado Miranda, da Administradora Sindicon. Ele explica que, antes de decidir pela cobertura e pelo material a ser utilizado, o síndico deve convocar uma assembleia para este fim e aprovar a proposta com quórum de dois terços. Os moradores também precisam definir que tipo de cobertura. Para isso, o síndico pode reunir algumas propostas para serem votadas. “O certo é padronizar, porque na verdade, é área comum. Por outro lado tem muitas vagas em prédios comerciais, principalmente, que são de cada proprietário, separadas das unidades. Por isso fica esse ‘carnaval’; cada um coloca a cobertura de uma forma. Mas nos prédios residenciais é melhor que todos coloquem a mesma cobertura”, analisa.

 

Tipos – De acordo com o representante comercial, Elmo Costa, ao escolher cobertura para a garagem, os condôminos devem pensar primeiramente no custo-benefício. Segundo ele, o material mais barato e que tem sido o mais escolhido é o sombreiro. “A estrutura é parecida com a de uma tenda e utiliza uma tela sombreadora. O custo é baixo, é de fácil instalação e remoção. Além de tudo, não conta como área construída e permite a permeabilidade do lote, como exige a prefeitura”, esclarece ele.

 

Também são utilizadas nas coberturas a lona sintética, o alumínio e, menos frequentemente, o policarbonato. Segundo Elmo, este último material é o mais caro. “Só em prédios de alto padrão é que se costuma instalar as coberturas de policarbonato”, explica. Elmo diz ainda que já não se usa mais o amianto, tão comum em edificações mais antigas, já que o aspecto é muito ruim e além disso, não permite a ventilação.