Piscinas coletivas merecem cuidado redobrado no verão

Piscinas coletivas merecem cuidado redobrado no verão

Com o mês de dezembro chega a estação mais quente do ano e com ela também a temporada de férias. Com o calor do verão, a tendência é que as piscinas dos condomínios fiquem mais frequentadas e o rigor nas manutenções desta área deve ser ainda maior que nos demais meses do ano, a fim de garantir a segurança e o lazer dos condôminos.

O ano de 2014 registrou lamentáveis incidentes envolvendo acidentes fatais em piscinas de condomínios. Os casos possuem características similares: mortes de crianças que tiveram cabelos e até braço sugado por ralos das piscinas.

Isso é comum porque muitas pessoas optam por dispositivos de sucção com potência maior que a recomendada, apenas para que a limpeza da água ocorra em menos tempo. A escolha é equivocada e deve-se sempre instalar motores adequados para o tamanho da piscina. Outro cuidado deve ser redobrado em relação aos ralos: a piscina não pode nunca ficar sem ralo ou com um quebrado.

Além da estrutura, é necessário estar alerta à qualidade da água, que deve ser tratada o ano todo, independentemente de a piscina estar sendo usada. Com relação à sanitização, o farmacêutico Luciano Blumm, consultor, indica que a melhor forma de garantir a segurança é através da contratação de um profissional especializado, geralmente com as atividades apoiadas pelo zelador.

“O monitoramento ideal é feito por meio de avaliações laboratoriais periódicas, onde são realizadas análises químicas e microbiológicas. Esses testes vão verificar se o tratamento está adequado e garantir a sanitização, evitando proliferação de diversas doenças. Com os laudos das análises, o síndico saberá se o zelador está seguindo as orientações fornecidas pelo profissional”, explica o farmacêutico.

A periodicidade de tratamento varia conforme o uso. “Normalmente, em período de temporada é recomendável tratamento diário e fora de temporada de 2 a 3 vezes na semana”, conta. Sobre o pH da água, Blumm explica que a medida ideal para piscinas é entre 7,0 a 7,4, o que garante conforto aos banhistas, evitando irritação nos olhos, mucosas e pele, além de garantir máxima eficácia dos produtos, especialmente o cloro.

Para Newton Nunes, diretor de Condomínios “a responsabilidade do síndico é acompanhar se a manutenção e a limpeza estão sendo feitas adequadamente”, pondera. As tristes ocorrências de mortes devem servir de alerta ao síndico para tomar todas as medidas de precaução, uma vez que – em acidentes como esses – o gestor do condomínio pode ser acusado de negligência e omissão, podendo ser responsabilizado pelo fato. Isso em razão do artigo 132 do Código Penal, que prevê pena de detenção a quem expõe a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente.