Qualidade da água distribuída deve ser testada periodicamente

Qualidade da água distribuída deve ser testada periodicamente

Prezar pela segurança e bem-estar de todos os condôminos é uma das missões do síndico.

Aqui podemos incluir cuidar da qualidade da água distribuída pelo condomínio, afinal esse recurso é fundamental para a manutenção da saúde dos moradores. Para isso, é necessário verificar a potabilidade da mesma, ou seja, atestar se ela é adequada para o uso.

Havendo sujidades, tais como lodo, materiais plásticos, animais mortos, dentre outras impurezas aumenta-se a chance de provocar doenças nos moradores que utilizam aquela água em seu cotidiano. As afecções de pele são comuns, uma vez que a água contaminada estará sendo usada para banho e lavagens íntimas. Porém as doenças gastrintestinais são mais preocupantes, pois, mesmo que a pessoa não use a água proveniente do condomínio para beber, ela provavelmente a utiliza para lavar frutas e hortaliças que, ao invés de limpar, contaminam tais alimentos, provocando diarreia e vômitos.

Por fim, não se pode esquecer da Dengue e suas complicações, doença séria cuja taxa de mortalidade triplicou no primeiro semestre de 2019 em relação ao ano passado. Até 22 de junho deste ano, o Ministério da Saúde já havia registrado 1.234.527 casos prováveis de dengue. Em um cenário tão preocupante, é de extrema importância que cada condomínio faça uma vigilância rigorosa de seus reservatórios, para evitar a proliferação de larvas do mosquito Aedes aegypti.

Além da limpeza regular nas caixas d’água a qual já deve fazer rotineiramente parte do calendário de manutenções do condomínio, é altamente recomendável que se realizem periodicamente provas químicas na água que está armazenada nelas para testar se é potável (própria ao consumo humano). A metodologia segue parâmetros estabelecidos na Portaria 2914 do Ministério da Saúde.

Segundo a Portaria, a verificação da potabilidade é dividida em classes de análises, sendo as mais frequentes as análises físico-químicas da Tabela de padrão de potabilidade para substâncias químicas que representam risco à saúde e as análises bacteriológicas da Tabela de padrão microbiológico da água para consumo humano. A análise bacteriológica identifica possível presença de microrganismos através da análise de indicadores como o Escherichia Coli e os Coliformes Totais.

A coleta do material é um momento crucial para o sucesso do procedimento: é feita em frasco estéril, por profissional habilitado e de preferência na presença do síndico ou de um funcionário designado por ele. Para execução desse serviço, o síndico deve buscar empresa ou laboratório que possua alvará da vigilância sanitária dentro da validade e também as credenciais do profissional responsável técnico que assina os laudos.

O preço do orçamento não deve ser o único critério considerado na contratação e sim a credibilidade. Após realização do trabalho, o síndico deve lembrar de guardar cópias dos documentos que comprovam as informações prestadas. Análises periódicas (de preferência 6 em 6 meses) irão garantir a qualidade da água proveniente da rede hidráulica e, dependendo dos resultados, indicarão o momento propício para limpeza dos reservatórios.