Quando os excessos viram vandalismo

Quando os excessos viram vandalismo

Os espaços e equipamentos de uso coletivo do condomínio existem para servir a todos os condôminos e a responsabilidade de zelar por eles é também de todos. Isso, entretanto, nem sempre é perfeitamente compreendido e há casos em que se negligenciam os cuidados com os bens de uso coletivo ou, pior, danificam-se os mesmos de propósito.

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O vandalismo existe, sobretudo, nos condomínios de maior porte, com muitas unidades em que muitas ações ficam longe do olhar vigilante dos funcionários. Paredes pichadas, mobília danificada, equipamentos quebrados e outros prejuízos se contabilizam e quem paga por isso? Quando não se identifica o autor da infração, o prejuízo é coletivo e sai dos cofres do condomínio.

A síndica Maria das Dores Felício conta que já teve muita dor de cabeça por causa de vandalismo. “Havia um grupo de adolescentes que fazia muita bagunça no condomínio, sujando espaços de convivência com pichações e danificando o playground das crianças, o qual eles não têm permissão para usar. A saída que encontrei foi fazer um boletim de ocorrência na polícia, uma vez que o patrimônio estava sendo lesado. Isso intimidou os jovens, pois a maioria já tinha 18 anos”, relata.

Para o administrador de condomínios Juarez Silva, o caso foi levado mais a sério do que geralmente é necessário. “O condomínio possui suas regras e para cada infração a elas, uma devida penalização. É importante observar o que diz a Convenção sobre esses delitos, encontrar os responsáveis e aplicar as penalidades cabíveis à sua unidade correspondente. Isso vem normalmente através de multa ou ressarcimento financeiro do dano causado. Também é válido ter uma conversa séria com os pais ou responsáveis. A questão só deve ser conduzida à Polícia ou Justiça em casos mais extremos, acredito”, opina o administrador.

Manifestações partidárias em áreas públicas também devem ser analisadas com cautela. A publicitária Rebeca Neiva, moradora de um residencial reclama do uso de quadros de aviso e outros espaços para divulgação de ideologias. “Um dia, o hall e os elevadores do prédio estavam muito cheios de adesivos políticos sobre o impeachment da presidente. Não acho adequado, considero que é tão danoso quanto uma pichação. Primeiro porque é esteticamente feio e danifica as paredes e em segundo lugar porque não expressa um pensamento unânime. As pessoas devem guardar suas opiniões no âmbito doméstico”, comenta.