Higienização das áreas comuns

Higienização das áreas comuns

POR CECÍLIA LIMA

 

Habitualmente, todo condomínio já mantém uma rotina de cuidados com a limpeza de suas áreas comuns, mas é fato que em tempos de pandemia – como a que ora estamos atravessando – ela deve obedecer a critérios ainda mais rigorosos. Reconhecendo a seriedade que o contexto atual impõe, o síndico precisa orientar e fiscalizar seus funcionários no que tange às medidas preventivas de higienização. Já falamos sobre isso na edição passada, mas achamos importante reforçar o assunto.

 

Em primeiro plano, para se formular uma estratégia de prevenção é preciso ter em mente algumas informações prévias: 1) o novo coronavírus, o qual dá origem à Covid-19, doença que está acometendo pessoas em larga escala em todo o mundo, é um vírus de altíssima transmissibilidade, o que exige, portanto, o isolamento social. 2) a transmissão se dá, principalmente, por gotículas expelidas pelas vias aéreas de indivíduos contaminados, as quais podem ficar não apenas suspensas no ar, mas também impregnadas na pele (especialmente das mãos).

 

Sabendo disso, então, podemos estabelecer alvos prioritários: é preciso focar na higienização de locais que sejam frequentemente tocados pelas mãos, tais como: maçanetas, corrimãos, balcões, interruptores, botões de acionamento de elevadores, leitores de biometria digital ou outros que exijam contato, como torneiras e válvulas de descarga de sanitários, dentro de banheiros.

 

Ciência – Um estudo publicado pela revista científica “New England Journal of Medicine” demonstrou a durabilidade de sobrevivência do coronavírus em diferentes superfícies: aço inoxidável: 72 horas; plástico: 72 horas; papelão: 24 horas; cobre: 4 horas; aerossolizada/poeiras: 40 minutos a 2 horas 30 minutos. Essas informações reforçam, portanto, a necessidade de empreender uma higienização recorrente nos principais locais.

 

Como limpar? O que “mata” o vírus? Essa é a pergunta que muita gente se questiona e é também o que levou muitas pessoas a fazerem estoques de álcool gel e álcool líquido a 70% (esse deve ser priorizado para a higienização das mãos). Entretanto, é válido lembrar que essa não é a única opção para desinfectar superfícies. A boa e velha água sanitária, um produto de baixo custo e fácil acesso, bastante utilizado em limpeza doméstica, pode ser utilizado na manutenção do condomínio. O CFQ (Conselho Federal de Química) recomenda diluir 25 ml do produto em um litro d’água. Concentrações mais elevadas de água sanitária exigem luvas.

 

Regularidade – Mais importante que o tipo específico de produto (o qual pode ser a citada água sanitária, desinfetantes, sabão, detergentes, sanitizantes especiais) é a regularidade da limpeza, uma vez que devem ser observados os prazos de sobrevivência do vírus nas superfícies, já mencionados. Assim, a frequência da limpeza deve aumentar, priorizando os locais de maior fluxo de pessoas, especialmente o caminho que o indivíduo faz desde a entrada até os elevadores.

É válido reforçar que, durante a pandemia, todos os espaços de uso comum devem ser fechados para evitar aglomerações.

*Jornalista