Maioria dos brasileiros ainda não tem hábito de separar lixo

Maioria dos brasileiros ainda não tem hábito de separar lixo

Você sabe motivo pelo qual alguns coletores de lixo são de diferentes cores? Sabe o que significa cada símbolo e cor dessas lixeiras? Se você não é capaz de responder uma dessas perguntas ou as duas, provavelmente você faz parte do percentual de brasileiros que desconhece informações elementares sobre as regras da coleta seletiva.

 

Os resíduos coletados podem ser recicláveis (metal, papel, papelão, plástico, dentre outros) ou rejeitos (não recicláveis). As principais cores utilizadas seguem um padrão e correspondem a: azul para papel; vermelho para plásticos; verde para vidros; amarelo para metal.

 

Eventualmente, podem se encontrar lixeiras com mais cores, as quais correspondem a: laranja para resíduos perigosos; roxo para resíduos radioativos; marrom para resíduos orgânicos e cinza para resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação.

 

Um levantamento divulgado neste ano pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) mostrou que 28%, ou seja, quase um terço da população não sabe identificar as cores das lixeiras e seus conteúdos correspondentes. O dado é um importante alerta sobre a desinformação que envolve um tema tão importante para o meio ambiente e sustentabilidade no país.

 

Isso significa que tão importante quanto instalar esses equipamentos é levar informação e instrução às pessoas que deverão usá-los. Não adianta o condomínio investir em coletores especiais se os moradores, em suas unidades, não fizerem a separação correta dos resíduos. Dessa forma, a implantação de um sistema de coleta seletiva deve incorporar também alguma maneira de instruir os condôminos.

 

O professor universitário aposentado Maciel Caldas, no cargo de síndico pelo terceiro mandato em Recife (PE) desenvolveu uma estratégia virtual para alcançar o objetivo de ter uma coleta seletiva bem sucedida. “Desenvolvi em minha segunda gestão um vídeo simples e curto com imagens e legendas orientando sobre como fazer a coleta e também tirando as principais dúvidas sobre o tema. O produto final foi compartilhado por nossas mídias: whatsapp, grupo do facebook e também por email”.

 

O síndico afirma que houve um feedback positivo e a maioria dos condôminos confirmou o recebimento e visualização do vídeo. Previamente, a implementação da coleta seletiva já havia sido discutida em assembleia. O vídeo serviu para sanar dúvidas práticas sem tomar muito o tempo dos moradores.

 

“O essencial é conhecer o seu público. No nosso caso, boa parte de nossa comunicação já era feita virtualmente e sei que funciona bem porque as pessoas que moram aqui têm um bom domínio nesses meios. Porém, se o condomínio tem um perfil diferente, com muitos idosos, por exemplo, talvez fosse necessária outra estratégia, com material impresso, por exemplo”, aconselha o síndico.