Os casos aumentaram 55% na última década e o Inca estima mais de 175 mil novos casos de câncer de pele não melanoma em 2017
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!O Brasil está situado em uma extensa área na faixa tropical do planeta, o que garante ao país a recepção de alta incidência de raios solares praticamente o ano inteiro e, sobretudo, no verão. O cuidado com a proteção da pele é fundamental todos os meses do ano, mas nesta época ele se faz mais imprescindível que em qualquer outra.
É válido ressaltar que a exposição ao sol e, sim, muito benéfica e inclusive necessária, uma vez que é a partir da energia solar que nosso organismo é capaz de sintetizar a vitamina D, principal responsável pela saúde dos ossos. Pequenas quantidades de radiação UV são benéficas e ajudam a combater, controlar ou tratar várias doenças, incluindo raquitismo, psoríase e eczema.
Onde está o problema? No excesso, embora haja frequentes campanhas educativas incentivando a proteção solar, os números vêm crescendo rapidamente: o índice de casos de câncer de pele não melanoma aumentou 55% em 10 anos. A previsão para o futuro próximo também não anima: dados do Inca-Instituto Nacional de Câncer mostram uma estimativa de mais de 175 mil novos casos de câncer de pele não melanoma em 2017.
O descuido e comportamento negligente são as principais causas para o crescimento do número de casos de câncer de pele em todo o mundo. A maioria das pessoas não usa protetor solar nunca ou usa apenas quando vai à praia ou piscina.
O cirurgião plástico Dr. Marcelo Olivan, membro da equipe de cirurgia plástica do ICESP-Instituto do Câncer do Estado de São Paulo explica que a radiação UV agride a pele, que é obrigada a produzir mais melanina a se proteger, ocasionando o efeito bronzeado ou “camarão”. Ambos são sinais da pele pedindo socorro e evidenciando os efeitos nocivos da radiação UV.
“A longo prazo, a radiação solar pode ocasionar a mutação do DNA, que por sua vez dá surgimento ao câncer de pele, acrescenta Dr. Olivan. As áreas mais suscetíveis a lesões são as mais expostas do corpo, como orelhas, rosto, pescoço e braços e, por isso, merecem atenção redobrada aplicando cosméticos com fator de proteção e uso de chapéus, óculos, camisas e lenços.