A importância dos para-raios nos condomínios

A importância dos para-raios nos condomínios

Raios são descargas elétricas que acontecem na atmosfera e atingem o solo, podendo alcançar grande intensidade (algumas chegam a mais de 30 mil Amperes), o que configura alto potencial destrutivo para estruturas das edificações. De acordo com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), caem 77.8 milhões dessas descargas por ano no território nacional e a explicação é geográfica: o Brasil é o maior país da zona tropical do planeta – área central onde o clima é mais quente e, portanto, mais favorável à formação de tempestades. A chegada da primavera demarca o início da temporada de raios no país, a qual se intensifica no verão. Assim, agora é um dos momentos ideais de checar se o condomínio está preparado para recebe-los. É válido ressaltar a necessidade de se tomar as devidas precauções contra incidentes com raios, visto que, mesmo o prédio possuindo seguro, estando a manutenção do para-raio desatualizada, o condomínio fica sem poder reivindicar o direito a ressarcimento. Prevenção universal – Segundo o INPE, a região amazônica registra a maior incidência, mas praticamente todos os estados são afetados e, portanto, precisam ter seus prédios devidamente equipados contra raios. Para tanto, é necessário que a edificação esteja de acordo com a NBR 5419 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que prevê instalação e manutenção de um Sistema de Proteção contra Descargas Elétricas (SPDA). A finalidade deste sistema é basicamente captar a energia disparada por um raio e redirecioná-la ao solo. É fundamental que o síndico reconheça a importância do SPDA, visto que ele é uma garantia de segurança tanto para a integridade do condomínio, quanto dos próprios condôminos. Nesse contexto, devemos ter em mente as ameaças oferecidas por acidentes envolvendo descargas atmosféricas: risco de danos estruturais e morte (choques, incêndios, desabamentos, queima de itens eletrônicos, etc.). Dessa forma, é uma responsabilidade do síndico providenciar a instalação, bem como assegurar o pleno funcionamento dos sistemas de proteção contra raios de forma a evitar acidentes. O gestor condominial deve fazer isso com equipe técnica (jamais recorra a amadores e “quebra-galhos”), contratando empresa especializada para a realização do serviço dentro do que normatiza a legislação municipal, caso haja leis específicas na cidade em questão. Após avaliação técnica, é emitido laudo de conformidade por engenheiros eletricistas, contendo a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), análise de risco, indicação do nível de proteção, certificados de calibração, relatório da vistoria e medições de continuidade e aterramento, bem como a lista de não conformidades eventualmente encontradas. É importante que o Sistema de Proteção contra Descargas Elétricas seja verificado periodicamente e, de preferência, antes da temporada de maior incidência de raios. A inspeção do equipamento deve ser realizada a cada seis meses, conforme norma da ABNT. Não negligencie a segurança do seu condomínio