Uma empresa fabricante de refrigerante teve sua imagem estremecida pela repercussão do caso do consumidor que, em 2000, supostamente encontrou vestígios de rato em uma embalagem lacrada do produto. O brasileiro Wilson Batista alega que ficou com sequelas de movimento e de fala após ter bebido o refrigerante. Ele comprou uma embalagem com seis unidades e, após consumir o conteúdo de uma delas, percebeu que havia pedaços de rato nas demais embalagens
Embora nada tenha sido comprovado contra a empresa, o episódio traz à discussão os perigos oferecidos pelos roedores. Os ratos urbanos, aqueles que vivem pelos telhados, ruas e esgotos das cidades são responsáveis por pelo menos trinta doenças transmitidas ao homem. Leptospirose, peste e hantaviroses são as mais graves e epidemiologicamente importantes.
Fica clara, portanto, a necessidade de controle dessa e de outras pragas em qualquer tipo de edificação, seja ela uma indústria de grande porte ou uma residência. Há duas opções para síndico e condôminos: contratar empresa especializada em controle de pragas urbanas ou realizar a desratização por conta própria.
O controle pode ser feito de forma química ou mecânica. Os raticidas são facilmente encontrados em supermercados e devem ser escolhidos de acordo com a espécie invasora, o local a ser tratado e a dimensão do problema. Lembrando que os produtos são altamente tóxicos e não devem ser manuseados por qualquer pessoa. As ratoeiras também são alternativas viáveis para combater a presença indesejável desses animais. Como prevenção à praga, é essencial a limpeza do ambiente e o correto manejo do lixo doméstico.
Empresa especializada – Nas áreas comuns do condomínio, o ideal é que seja feito um controle periódico, por empresa especializada e aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. A desratização deve ser feita referencialmente de duas a três vezes ao ano, fazendo parte do calendário de manutenção condomínio. O síndico pode solicitar o serviço à medida da necessidade ou manter um contrato de manutenção com a firma, o que pode baratear os custos.
Os valores do serviço variam bastante, de acordo com o tamanho do ambiente e o roedor a ser combatido. A necessidade de evacuação das áreas atingidas também varia, de acordo com os produtos e o método utilizado pela empresa. É importante que o síndico se informe sobre a necessidade de retirar crianças ou animais domésticos durante a aplicação e sobre a restrição de sua circulação no período posterior.
Escolher uma empresa confiável é indispensável para o sucesso do serviço prestado e o síndico deve estar atento a isso, vistoriando, depois, as áreas tratadas para constatar a eficácia do serviço prestado. Uma empresa responsável fará primeiramente uma inspeção no local para identificar o tipo de roedor, depois aplicará armadilhas e iscas com alimentos atrativos para aquele tipo específico de rato. As iscas têm o objetivo de atrair o roedor e desestimulá-lo a consumir seu alimento habitual, expulsando-os do local. Depois de controlada a infestação, é aconselhável que a empresa continue o monitoramento da área.
Os moradores devem ser avisados com pelo menos dois dias de antecedência sobre o serviço executado, justamente para que possam aguardar e não circular em áreas que acabaram de sofrer desratização.