Você sabe o jeito certo de escolher lâmpadas LED?

Por Cecíla Lima

A tecnologia “Light-Emitting Diode” já não é exatamente uma novidade para os brasileiros. Há muitos anos ela chegou ao mercado nacional na forma das conhecidas lâmpadas LED (iniciais do sistema microeletrônico) e foram conquistando os usuários com promessas de alta durabilidade aliada a eficiência, e consequente maior economia. Apesar de ser vendida a um preço superior aos incandescentes ou fluorescentes, os modelos do tipo LED se consolidaram, estando presentes na iluminação de grande parcela de edifícios comerciais e residenciais.

Porém, será que ter uma ideia genérica de que lâmpadas LED são mais “econômicas” é o suficiente para fazer uma boa escolha para quem está pensando em poupar dinheiro na conta de energia? É preciso mais informações para se tomar decisões assertivas na hora de optar pelo melhor para o condomínio. Saiba o jeito certo de escolher essas lâmpadas e faça o melhor investimento com os recursos disponíveis.

A falha mais comum na hora de fazer uma opção é tentar aplicar para as lâmpadas do tipo LED o mesmo parâmetro usado para outros tipos. Acontece que, no passado, muitos usuários se baseavam apenas no Watts, que é uma unidade de potência, na hora de adquirir seu modelo fluorescente ou de filamento. O Watt (W), entretanto, corresponde à quantidade de energia que uma lâmpada consome, mas isso não tem relação com a quantidade de luz que ela produzirá.

Lúmen – A lógica da compra deve se basear em saber o quanto a lâmpada vai iluminar, gastando menos energia possível. Essa capacidade de iluminação, ou seja, a quantidade de fluxo de luz que a lâmpada vai emitir é expressa em Lúmen (lm) e deve, portanto, ser o principal critério de escolha. Em outras palavras, pode-se obter uma mesma intensidade de iluminação com lâmpadas de diferentes potências. Por exemplo: uma incandescente de 60w corresponde a uma fluorescente compacta de 15w, que por sua vez equivale a uma LED de 9w.

Dentre as três, quem ganha a batalha? Um comprador desavisado, sem a devida instrução talvez escolhesse a primeira, por acreditar que ela ilumina mais, mas esta não é uma boa alternativa. Todos os modelos citados no exemplo proporcionam fluxo luminoso semelhante, mas é justamente a de menor potência que faz com que as LED tenham a melhor eficiência luminosa. Isso só é possível, pois atualmente existe tecnologia capaz de proporcionar um produto que oferta quantidade de luz maior sem que isso necessariamente esteja atrelado ao consumo de maior potência.

Em síntese, ao comparar duas lâmpadas com a mesma potência, a mais vantajosa é a que oferecer mais lúmens. Uma dica é observar o rendimento luminoso, o qual indica quantos lúmens são produzidos a cada Watt de energia consumido. Quanto maior o valor, mais vantajosa é a lâmpada. As informações de potência (Watt), emissão de luz (lúmen), bem como comparativos entre modelos fluorescentes e incandescentes constam nas embalagens das lâmpadas LED. Vale a pena gastar alguns minutos a mais na hora das compras para fazer as escolhas certas e assim obter melhor investimento financeiro.

*Jornalista