Quem mora em um condomínio compartilha vários interesses comuns sem muitas vezes perceber. São pessoas que escolheram morar no mesmo lugar, usufruir de áreas de lazer, aumentar a segurança da família, além de dividir e otimizar recursos.
A economia compartilhada, termo tão difundido nos últimos anos, já faz parte da vida dessas pessoas. Esse modelo econômico e social é baseado na partilha de recursos humanos, físicos e coletivos. É caracterizado pelo “nós” e uma fuga ao individualismo.
Muitos empreendimentos imobiliários já nascem com esse conceito, chamado home & share. São condomínios que, além das áreas de lazer e espaços para festas, oferecem carros e bicicletas para uso compartilhado, hortas comunitárias, jardins sensoriais, academias, espaços pet, áreas com equipamentos para manutenção de bikes, coworkings, lavanderias comunitárias e serviços de manutenção residencial e jardinagem.
No home & share os moradores são essenciais para o funcionamento da economia compartilhada. Por meio de aplicativos ou grupos de mensagens eletrônicas eles podem oferecer e trocar serviços, instituir a prática de carona, organizar feiras para venda de produtos e contratar profissionais de interesses comuns, como educadores físicos, nutricionistas e para manutenção das casas ou apartamentos.
Essas práticas de economia colaborativa já causam efeito em alguns empreendimentos que conseguem oferecer gratuitamente para seus moradores serviços mais simples, como a dedetização das unidades, manutenção de redes de proteção e verificação de vazamentos em vasos sanitários.
Serviços individualizados, como chaveiros, encanadores, eletricistas e pintores, todos compartilhados entre os moradores, ficam mais baratos pelo uso compartilhado.
Apoiada nessa relação de confiança, a economia compartilhada fortalece o senso de pertencimento, amplia o relacionamento entre os moradores e a importância da comunidade para o desenvolvimento e cuidado com o condomínio.
Há, ainda, redução de custos, melhor utilização do tempo, incentivo ao consumo sustentável, além da ampliação da interatividade, segurança, praticidade e qualidade vida.
O mercado imobiliário tem acompanhado o crescimento e fortalecido a economia compartilhada com empreendimentos alinhados aos anseios de uma população cada vez mais preocupada com a sustentabilidade, economia de recursos, aproveitamento e integração de espaços e, sobretudo, qualidade de vida, manutenção, preservação e uso racional das áreas verdes.
* Bruno Malvezi é diretor-executivo do Grupo Impper. oferece casas prontas em condomínios fechados, bairros planejados e loteamentos industriais.