Os quatro “cês” da discórdia no condomínio

Os quatro “cês” da discórdia no condomínio

Quais os principais pontos de conflito no seu condomínio? O que é motivação para causar a discórdia entre moradores ou desses com o síndico? No “mundo dos condomínios”, uma brincadeira é feita com as letras iniciais daqueles que parecem ser alguns dos itens que mais aparecem nas listas de elementos geradores de intriga: todos começam com a mesma letra.

Esse conjunto da discórdia é conhecido como os quatro “cês”, são eles: cachorro, crianças, canos e carros. Com isso, é possível resumir em poucas palavras algumas coisas que – frequentemente – são motivos de transtornos dentro da maioria dos prédios residenciais Brasil a fora. Você se identifica com algum deles?

O primeiro, “cachorros” é uma palavra que não designa apenas o cão, mas também todos os demais bichinhos de estimação que vivem em condomínios: gatos, pássaros, roedores, repteis, etc. O assunto é controverso, pois  ao mesmo tempo em que há as pessoas que amam os pets, há também as pessoas que não gostam e não apreciam muito o fato de ter que conviver com eles num mesmo espaço.

O segundo elemento desse conjunto consiste na presença de crianças pelo prédio. Não exatamente a existência delas, mas os transtornos causados por elas quando não lhes é imposto limites adequados. Barulho, bagunça, sujeira e até danos materiais ao patrimônio do condomínio e também patrimônios individuais são algumas das queixas relacionadas aos pequenos. Isso acaba por gerar conflitos maiores, uma vez que a briga passa a ser levada adiante pelos pais, adultos, podendo ter até consequências sérias.

O terceiro desses “quatro cês” é uma palavra que sintetiza um problema que na prática é bastante complexo: a distribuição dos encanamentos no edifício. A delimitação imprecisa disso pode ser um motivo de conflito quando há, por exemplo, uma infiltração a ser reparada. A responsabilidade é do vizinho de cima, do vizinho de baixo ou o próprio condomínio deve arcar com esses prejuízos? Não existe resposta definitiva para esses impasses, pois cada caso deve ser avaliado de acordo com suas particularidades.

Por fim, o quarto “cê” é representado pelos carros, mais precisamente pelas vagas ocupadas por eles na garagem. Muitos condomínios sobretudo os mais recentes sofrem atualmente com um problema de restrição do espaço físico, o que fez com que limitassem o número de vagas de carro e, em algumas circunstâncias, essas vagas sequer pertencem ao condômino, sendo de caráter rotativo. Essa modalidade de uso costuma acarretar desentendimentos, pois nem sempre é possível contar com o bom senso das pessoas em relação à necessidade de se fazer o rodízio das vagas.

Esses são exemplos de alguns pontos de divergência comuns à maioria dos prédios residenciais, porém cada condomínio possui suas peculiaridades. O importante é sabermos que a maioria desses problemas podem ser evitados e sanados com a obediência ao que está disposto na convenção condominial e, também, com uma boa dose de respeito ao próximo.