CONDOMÍNIO, ECONOMIZE COM ATITUDES PEQUENAS, PRÁTICAS E INTELIGENTES.


Nos dias de hoje, com a falta de tempo aliada a rotinas exaustivas e agitadas, procuramos formas mais práticas e ágeis de resolver as questões do dia a dia, preferencialmente, gastando menos.

Quando se trata de um condomínio, isso deve ser levado mais a sério, tendo em vista que os custos são muito maiores que o de uma casa. Assim, impõe-se o gerenciamento com inteligência.

Conforme dados da COPASA, um filete de 1 mm vazando de uma torneira  desperdiça, em média, 2.088 litros por dia, portanto,  32.640 litros por mês, o que pode chegar um gasto mensal médio de  R$136,11. Tudo, por falta de manutenção ou atenção na hora de fechar a torneira. Imagine esse prejuízo multiplicado por várias torneiras e descargas, sem manutenção, num prédio com dezenas de unidades.

O uso dos vasos sanitários pode consumir até 40% da água do uso doméstico. A utilização do vaso acoplado pode ser uma saída para economizar, pois esse tipo tem o consumo fixo de 6 litros de água por descarga, diferentemente do vaso normal, mais antigo, que gasta em média 12 a 15 litros de água por descarga, conforme dados do site Wikipédia.

REVISÃO DO SISTEMA HIDRÁULICO GEAL DO PRÉDIO

A maioria das famílias é formada por pessoas que trabalham ou estudam, que não têm tempo para encontrar um bombeiro hidráulico (especialmente de confiança) e acompanhar a execução do serviço. Por essa dificuldade, a verificação do sistema hidráulico acaba sendo deixado para segundo plano.

Uma solução inteligente para o condomínio seria contratar um profissional para revisar o sistema hidráulico de todo o prédio, especialmente dos apartamentos, salas e lojas (banheiros, cozinha e área de serviço), pois a falta de troca das buchas das torneiras e reparos de descargas acarreta uma enorme despesa na conta d’água, conforme explica o “caça-vazamentos”, Rafael Mota da BH Detecção de Vazamentos. Consiste fator de economia contratar periodicamente uma empresa para checar e sanar os vazamentos, podendo as despesas com a mão de obra serem incluídas nos gastos normais do condomínio, ou seja, na taxa ordinária. Somente o custo com peças e reparos das descargas será pago à parte pelo proprietário da unidade. Conforme, explica Rafael Mota, da BH  Detecção de Vazamentos, “essa medida evita grandes despesas com a aumento do consumo d’água problemas desencadeados pela falta de manutenção, e ainda facilita e agiliza a vida de todos, pois há equipamentos que detectam os vazamentos escondidos nas paredes e pisos e assim orientam o local exato onde deve ser feito o reparo, evitando a quebra desnecessária de pisos e azulejos, que muitas vezes não são mais encontradas nas lojas. Além disso, ao detectar a origem do vazamento com equipamentos especiais, evita-se polêmica sobre quem é o responsável pelo pagamento do conserto”.

MAIS PESSOAS, MENOS CONSCIÊNCIA = MAIS GASTOS

Os banhos demorados são um dos maiores vilões do consumo. Em se tratando da água para uso doméstico, a média de consumo é de 37%. Conforme dados da COPASA, em cinco minutos com o chuveiro aberto, 60 litros de água são consumidos.

Logo, fica evidente que, por exemplo, não é o fato do apartamento de cobertura ter um tamanho maior que os apartamentos tipo que gera necessariamente maior consumo de água, pois geralmente o número de moradores numa cobertura é menor que a média de moradores que residem nos apartamentos menores. Quando uma cobertura possui piscina é razoável que esta pague, no máximo, 20% a mais sobre a taxa de água que é paga pelos apartamentos tipo, pois assim evita-se qualquer polêmica, conforme aponta perícias judiciais realizadas em processos onde o Juiz de Direito declara nula a cláusula de divisão das despesas pela fração ideal, que gera enriquecimento ilícito das unidades menores.  Quanto o rateio das demais despesas deve ser igualitário, já que elas decorrem dos empregados, da limpeza e do uso das áreas comuns que são utilizadas igualmente.

 

21 de março de 2011.

Kênio de Souza Pereira

Presidente da Comissão de Direito Imobiliário da OAB-MG

Consultor Jurídico e Conselheiro da Câmara do Mercado Imobiliário de MG e SECOVI-MG

Tel. (31) 3225-5599  – e-mail: keniopereira@caixaimobiliaria.com.br