Portões e interfones: manutenção garante segurança

Portões e interfones: manutenção garante segurança

Entre o condomínio e a via publica, há os portões e um interfone, que permite o acesso de visitante e veículos ás unidades. Mas, infelizmente, muitos deles não contam com a manutenção necessária, capaz de garantir a segurança dos moradores

 

A portaria é peça-chave na busca da segurança do condomínio e de seus moradores. Além do elemento humano, a portaria envolve equipamentos – especialmente portões e interfones que precisam estar em perfeito funcionamento para garantir a segurança de todos.

 

Os portões são a principal barreira física do condomínio contra prováveis invasores, mas são também os equipamentos que mais problemas costumam dar. É um erro entregar a manutenção do portão ao zelador, por exemplo. É preciso lubrificar o motor adequadamente. Não basta colocar graxa. Ao invés de melhorar, em excesso, a graxa prejudica o funcionamento do portão, acumulando poluição que entra em atrito com peças.

 

Manutenção – Uma manutenção preventiva deve verificar os vários itens de um portão: os itens elétricos e eletrônicos, o isolamento da fiação, as condições da máquina e a serralheria (se está em ordem, sem falhas de solda ou empenada, por exemplo). É preciso checar ainda o desgaste excessivo das roldanas e das peças móveis do portão. No caso de modelos basculantes, é importante conferir o estado do cabo de aço. Ainda para basculantes, é ideal instalar uma fotocélula, um dispositivo eletrônico que não deixa o portão fechar quando há um obstáculo no seu raio de ação. Investir na manutenção preventiva é mais econômico do que se imagina. A vista esporádica de um técnico só corrige o problema quando já é tarde demais para prevê-lo.

 

Interfones – Depois dos portões automáticos, os interfones também merecem a máxima atenção do sindico. As chuvas podem causar problemas na central de portaria, pois a umidade é um dos grandes inimigos dos sistemas de interfones. Nos apartamentos, o interfone fica na cozinha, então se recomenda não levar os azulejos próximos ao aparelho e nem limpá-los com produtos químicos. O morador deve seguir a orientação do fabricante sobre qual produto usar para limpeza. O acumulo de poeira também é prejudicial à interfonia do prédio. É ideal proceder uma limpeza periódica do circuito. Essa periodicidade varia conforme cada ambiente. Há locais suscetíveis, com muita poeira. O acumulo de pó aliado à umidade gera mau funcionamento e, por vezes, até a queima do equipamento, pois há oxidação entre as trilhas do circuito impresso dos componentes eletrônicos.

 

Sistemas mais antigos costumam dar mais manutenção. Porém, quando bem cuidados, podem funcionar por muitos anos. A evolução nos últimos tempos foi gritante. Mas, junto com os avanços tecnológicos veio o aumento de preços. Atualmente, um condomínio pode gastar de R$ 50 a R$ 5 mil por ponto, dependendo muito da verba disponível e de que sistema quer dispor. Para substituir uma central analógica por uma digital não é preciso trocar toda fiação. O sistema digital opera com um telefone na portaria, o que facilita muito a operação pelo porteiro.

* Andréa Mattos é Jornalista e colaboradora do Jornal do síndico