Dicas para a saúde financeira do condomínio

Dicas para a saúde financeira do condomínio

Por Cecília Lima

O ano começa e com ele também tem início um novo ciclo. Administrar um condomínio é ter que lidar constantemente com limitações e saber equilibrar o que entra e o que sai do caixa

Sabendo que, na maioria dos prédios, a única fonte de receita é exclusivamente a contribuição mensal dos condôminos, temos um orçamento pouco variável, que certamente sofre abalos quando há uma despesa inesperada ou quando algumas pessoas não cumprem com a obrigação.

Portanto, planejamento é fundamental para preservar a saúde financeira do condomínio e não cair no vermelho. Confira cinco dicas de como manter as finanças em dia:

Registre detalhadamente todas as despesas: saber manipular planilhas é essencial para um bom gestor. Cada centavo que sair do caixa do condomínio deve constar nela, desde as quantias mais vultosas até os itens mais baratos. Procure ser o mais descritivo possível, ao invés de anotar genericamente “gastos com material de limpeza”, detalhe os itens. Além de ser mais transparente na prestação de contas, isso serve para monitorar onde exatamente o dinheiro foi usado.

Classifique os pagamentos: quando se possui um rendimento limitado, ou mesmo insuficiente, é importante categorizar os compromissos financeiros por ordem de prioridade. Use cores diferentes na planilha para marcar aqueles que devem obrigatoriamente ser pagos no prazo, quais podem ser negociáveis, quais podem atrasar sem tanto prejuízo. O valor de multas e juros pode servir de critério para essa eleição.

Cobrar inadimplentes: o síndico deve ter o controle rigoroso de quem paga e não paga a cota condominial, uma vez que ela é – quase sempre – a única fonte de receita do condomínio e, portanto, qualquer baixa nesse valor é significativo. Os débitos devem ser cobrados o quanto antes, para impedir o acúmulo de dívidas. A negociação amigável e o parcelamento, quando acordados mutuamente, são alternativas a se pensar para evitar um desgaste na Justiça.

Cortar gastos: essa é uma das medidas mais difíceis, mas o objetivo é cortar o supérfluo, não comprar o desnecessário. Na prática, pode-se começar por coisas pequenas, tais como produtos de limpeza: pesquise marcas, opte por embalagens econômicas ou compre em lojas de atacado. Outros pequenos itens como material de escritório podem ser poupados, reutilize folhas de papel que não foram usadas em frente e verso. Essas são pequenas economias cujo dinheiro, ao longo do ano, pode ser destinado a pequenos reparos como trocar lâmpadas, por exemplo.

Planeje para investir: se o balanço de entrada e saída está positivo e chega a sobrar um pouquinho de dinheiro no fim do mês, é hora de pensar em como fazer esse dinheiro render. Deixá-lo em uma poupança é a forma mais fácil, porém o rendimento é baixo. Pesquise outras formas seguras de fazer a reserva do condomínio aumentar, uma dica é investir em títulos do Tesouro Direto, que rende mais que a poupança, havendo modalidades em que a quantia pode ser resgatada a qualquer momento.

*Jornalista