Febre Amarela: CRMV-SP emite nota com orientações e esclarecimentos

Febre Amarela: CRMV-SP emite nota com orientações e esclarecimentos

‘Doença não é transmitida aos humanos por macacos e sim por mosquitos, entre eles o Aedes aegypti, o mesmo vetor de doenças como dengue e a chikungunya

O animal, um bugio, foi achado no Horto Florestal, na zona norte de São Paulo, que foi interditado temporariamente para ação de controle de mosquitos e para evitar riscos à população que vive no local ou o visita. O Parque da Cantareira, assim como outros 13 parques municipais, também foi fechado por prazo indeterminado.

Em virtude disso, a Secretaria de Estado da Saúde deu início uma campanha de vacinação em 15 municípios, visando imunizar mais de 860 mil pessoas na região de Jundiaí, como Atibaia, Vinhedo, Bragança Paulista e Itatiba.

O governo federal realizou ainda a Semana Nacional de Mobilização dos setores da Educação, Assistência Social e Saúde para o combate ao Aedes aegypti. A campanha, buscou alertar a população sobre a importância de combater mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya, além da febre amarela, já antes do verão.

Nota sobre Febre Amarela
O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) transmite algumas informações sobre a Febre Amarela.
Os macacos, assim como os humanos, não transmitem diretamente essa doença. O vírus pode circular em dois ciclos básicos: o urbano e o silvestre. No ciclo urbano (não registrado no Brasil desde 1942), a transmissão se dá dentro de cidades através do mosquito Aedes aegypti que, nesse caso, é o vetor responsável pela disseminação da doença. No ciclo silvestre, a doença circula entre macacos e outros animais, transmitida por algumas espécies de mosquitos. Os surtos da doença são registrados esporadicamente quando o vírus encontra uma população de susceptíveis (pessoas não vacinadas). A ocorrência de casos humanos tem sido compatível com o período sazonal da doença (dezembro a maio), mas são necessários esforços adicionais para as ações de vigilância, prevenção e controle da doença.

Desde 2016 o vírus voltou a circular em algumas regiões do Estado de São Paulo, em seu ciclo silvestre, e atualmente têm ocorrido registros de mortes de primatas na região de Louveira, Jundiaí, Itatiba, Campinas e São Paulo, o que indica a retomada da dispersão do vírus com a elevação da temperatura e da umidade características desta época do ano.

Orientações gerais
– Ao encontrar macacos vivos, sadios e em vida livre: NÃO capturar; NÃO alimentar; NÃO retirar do seu hábitat; NÃO transportar para outras áreas; NÃO agredir, maltratar e muito menos matar. Para ajudar, apenas deixe os macacos vivos na floresta.
– Ao presenciar ou saber de agressões a macacos: denunciar às autoridades de meio ambiente, pois isto constitui crime ambiental e prejudica o trabalho de vigilância sanitária, por meio de denúncia ao 0800618080.

O CRMV-SP promove a Medicina Veterinária e a Zootecnia, por meio da orientação, normatização e fiscalização do exercício profissional em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando pela ética, fiscaliza o exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas do Estado de São Paulo..