Descupinização deve ser realizada anualmente

Descupinização deve ser realizada anualmente

Os insetos estão presentes por toda parte, muitas vezes vivendo em equilíbrio com os seres humanos sem causar danos. Os problemas começam a surgir quando surtos de proliferação ocorrem em algumas espécies que podem causar danos à saúde ou danos materiais, quebrando o equilíbrio existente e demandando intervenções.

No cenário das chamadas “pragas urbanas”, uma com que os síndicos, zeladores e moradores de condomínios precisam se preocupar é o cupim. Apesar de parecerem todos iguais, estima-se que existam no Brasil cerca de 300 espécies, de acordo com pesquisa da Unesp (Universidade Estadual de São Paulo), sendo as duas mais prevalentes: Coptotermes gestroi e Cryptotermes germis. O cupim é um inseto que se organiza em forma de grandes colônias, assim como as formigas. Ele costuma ser uma “praga silenciosa”, a destruição causada por ele pode demorar anos para acontecer, mas tem consequências desastrosas. O grande desafio é identificar precocemente sinais da presença do inseto para combate-lo e, se possível, prevenir sua instalação.

Detectando o impostor – O cupim tem atração por estruturas de madeira, de onde obtém seu alimento. A presença do animal costuma deixar “pistas”, para as quais devemos estar atentos sempre que se realiza uma limpeza, manutenção ou faxina, pois esses rastros podem significar o caminho para esconderijo de cupins. Por exemplo, o “pó” marrom junto a portas, rodapés, móveis, janelas é uma evidência de cupins, uma vez que isto é o excremento do inseto misturado a restos de madeira consumida.

Eles também costumam deixar como rastro tracejados em paredes ou tetos, em forma de túneis que ao serem tocados podem se esfarelar. Esses túneis de terra são os condutos que as colônias de cupins utilizam para se deslocar em busca de comida. Logo, uma atenção muito especial deve ser dada ao que tem por trás destas paredes, principalmente se elas já estiverem abauladas ou com algum furo. Pode haver um ninho dentro.

Remediando o problema – Para contornar a situação, a contratação de equipe especializada é imprescindível. Apenas um profissional da área conseguirá fazer o diagnóstico da gravidade do problema, realizando a identificação da espécie de cupim que está acometendo o local. A partir da reunião de informações da realidade do condomínio, pode-se direcionar qual técnica é a mais adequada para tratá-lo.

Atualmente, existem diferentes protocolos cupinicidas e as vias de administração também são múltiplas. O produto químico inseticida pode ser pulverizado no ambiente; pode-se banhar, pincelar ou imergir a área afetada ou até mesmo injetar inseticida dentro de espaços infestados. Tudo vai depender da situação imposta. O efeito residual do cupinicida aplicado some após 12 meses e, por isso, é recomendável renovar a descupinização anualmente para prevenir novas infestações.