Um Natal Diferente…

Neste Natal diferente queria que o tempo parasse, para formarmos uma corrente humana gigante, irmanando todos os habitantes deste mundo; para consolidarmos um pacto de justiça social para todos, de trabalho para os desempregados; pela renovação dos valores morais e o desarmamento dos corações sem amor.

Neste Natal queria transmitir toda ternura que emana do Menino Jesus, de sua vinda para nosso meio, de sua pregação generosa e da magnanimidade do seu sacrifício na cruz, por nossa causa. Queria proferir lindas palavras de encorajamento que voassem como um papel sem destino e penetrassem fundo nos corações, transformando atitudes e propósitos para construção de um mundo melhor e mais solidário.

Queria semear sentimentos de esperança e fé, neste perturbador momento de insatisfações, dúvidas, violências, desamor e de todos os tipos de descrenças que fragilizam os corações humanos; para que no lugar das insatisfações reinasse concórdia; no lugar das dúvidas reinasse a esperança; no lugar das violências reinassem a paz e a harmonia; no lugar do desamor reinasse amor verdadeiro, inflexível, desapegado das efemeridades da vida.

Queria que a força cristã do Natal fosse tão poderosa que removesse dos corações a fuligem da desesperança, a visão do perigo iminente, a angústia do dia seguinte. Queria que o país do futuro já tivesse alcançado o futuro e que a igualdade social já estivesse consolidada como bandeira de libertação.

Que crianças e idosos fossem respeitados como princípio e fim!

Neste Natal diferente queria estar com todos os amigos e amigas, que estiveram comigo durante o ano inteiro. Os que me ajudaram e com os quais partilhei belas mensagens. Os de perto e os de longe. Os pobres e os ricos.

Queria também partilhar este Natal diferente com os familiares e amigos que já partiram deste mundo, deixando tristes nossos corações, porém, com memoráveis exemplos de lealdade, bondade, coragem, fé e amor.

No mistério deste Natal diferente, realimentemos a fortaleza da nossa fé divulguemos o poder da nossa coragem; mostremos quão forte é a luz que brilha nos nossos corações, apesar das descrenças que flutuam no ar. Nestes dias de mística pacificação universal, curvemo-nos diante de Cristo Rei feito Menino e do Menino feito nosso Redentor!

Autor: Rivaldo Cavalcante