Como identificar as vulnerabilidades do seu condomínio e atuar de forma assertiva para dificultar o acesso do criminoso.
Na edição anterior abordamos os três os tipos de crimes de invasão à condomínio: Arrastão, roubo e furto, falamos sobre o perfil do criminoso, como é a sua forma de agir, agora é preciso entender mais sobre a segurança do próprio condomínio.
Estatisticamente, as invasões de condomínios, ocorrem 25% por falhas associadas à Segurança Eletrônica e 75% por problemas no Protocolo de Segurança ou na atuação do Homem.
Segurança Eletrônica são todos os recursos eletrônicos disponíveis para proteção do perímetro, controle de acesso, monitoramento e alarmes. No perímetro estão classificados equipamentos como a cerca elétrica, o infravermelho ativo (IVA’s), a central de alarme, cabo microfônico, concertina, muro, gradil, iluminação, todos dispositivos que são aplicados nas divisas do condomínio para causar um efeito de dissuasão e evitar uma invasão por escalada ou rompimento de perímetro. Já no controle de acesso, consideramos como segurança eletrônica: biometrias, catracas, cancelas, antena TAG, cartão de proximidade (crachá), leitor facial, sistema de gerenciamento de acesso, todos recursos responsáveis pela triagem de moradores, visitantes e prestadores de serviços. Por monitoramento e alarme, estão contemplados o sistema de CFTV (câmeras), botão de pânico, sensor de presença e outros.
Fortalecida a segurança eletrônica do condomínio, temos 25% das probabilidades de invasão reduzidas.
Agora vamos ao Protocolo de Segurança e ao Homem que representam os 75% da estatística. O Protocolo de Segurança são regras claras e objetivas, a equipe de segurança precisa ter uma regra definida para ser seguida. O atendimento não pode ser definido pela rotina, para agradar o morador, deve ser um Protocolo de Segurança técnico, focado no controle de acesso, permanência e saída de moradores, visitantes, prestadores de serviços, autoridades, etc. A quebra no cumprimento do Protocolo de Segurança deve ser considerada falta grave, passível de substituição do colaborador em caso de reincidência e troca inclusive da empresa de segurança se for o caso. O Homem primeiro passo, entender que o Homem responsável pela segurança do condomínio não é apenas o controlador de acesso, estão classificados como HOMEM a equipe de segurança e o morador. O morador que insiste em resistir ao cumprimento das regras de segurança, que desconhece o Protocolo de Segurança, que manda a equipe de segurança quebrar as regras para seu conforto próprio, esta, além de facilitando a vida do criminoso, colocando em risco a segurança de toda a coletividade de moradores do condomínio. O pilar HOMEM bem preparado, é quando identificamos no condomínio moradores que conhecem e respeitam as regras de segurança bem como a equipe de segurança que conhece e aplica as normas do Protocolo.
Enfim para isso, é sempre recomendado o auxílio de profissionais especializados para a elaboração do protocolo e capacitação da equipe de segurança e dos moradores. Seu condomínio foi vitimado ou conhece algum condomínio que está precisando de ajuda, contrate uma analise de risco, assim saberá se existem pontos de vulnerabilidade e como corrigi-los.
Dr. Da Cunha / Delegado de Polícia