Nas férias, agitação da criançada em condomínios pode causar atrito com vizinhos

Nas férias, agitação da criançada em condomínios pode causar atrito com vizinhos

O barulho e a algazarra provocados por crianças em condomínios são um dos principais motivos de conflito entre vizinhos, principalmente durante o período de férias escolares, que aliás está chegando.

“As crianças que sem o compromisso de ir à aula, estudar ou fazer lição de casa durante as férias curtem com mais intensidade os momentos de folga e de lazer no condomínio, mas é preciso que tenham consciência da necessidade de respeitar o próximo”, diz Roger Silva, diretor de uma empresa de gestão condominial e negócios imobiliários.

O especialista lembra que os pais são os principais responsáveis em impor limite aos filhos, em vigiá-los, em fazê-los compreender que para a boa convivência é importante que respeitem as regras do condomínio, como por exemplo, não brincar em espaços inapropriados ou de alguma forma perturbar os vizinhos ou os funcionários do prédio. “Brincadeiras nos corredores ou nas escadarias e muito barulho são situações que devem ser advertidas”, exemplifica o Roger Silva.

Ele, porém, lembra que por parte dos vizinhos que se sentem incomodados com alguma situação a reclamação deve ter lógica, que haja realmente razão para tal. “Não pode simplesmente esbravejar contra as crianças, por mera implicância. Em determinados casos, espera-se também um pouco de bom senso e uma certa dose de tolerância por parte dos adultos. E, especialmente, a abertura e disposição para um diálogo cordial com os responsáveis pelos menores ou, antes disso, com o próprio síndico do condomínio”, diz Silva.

Com a autoridade que o cargo lhe compete, cabe ao síndico avisar aos responsáveis pelas crianças sobre eventuais problemas que elas estejam causando e, quando necessário, notifica-los a respeito. “E se houver reincidência, pode-se aplicar multa condominial, desde que esteja prevista no regulamento do prédio”, avisa Silva. “No entanto, o melhor mesmo é que tudo seja resolvido com tranquilidade e que as crianças possam desfrutar das férias escolares numa boa”, conclui o diretor.

Marco Berringer, Edmir Nogueira e Edgard Léda