É perfeitamente natural que durante uma circunstância de alta tensão as ações das pessoas se sucedam de modo atrapalhado. Porém, é preciso evitar isso e garantir que o socorro seja chamado o mais brevemente possível, pois em caso de acidentes cada segundo é valioso.
Imagine a seguinte situação hipotética, você sendo síndico ou não, está desfrutando de um momento de diversão em família na área de lazer do prédio quando passa a ouvir gritos de socorro e descobre que duas crianças que brincavam ali perto agora estão presas sob a estrutura metálica de um brinquedo do playground que tombou em cima delas.
O que deve ser feito a partir de então? Que tipo de serviço de emergência deve ser acionado para socorrer as vítimas e controlar a situação? Essa é uma pergunta difícil de responder no exato instante em que o imprevisto acontece,
Como fazer isso? Educando as pessoas e levando informação para que saibam previamente como proceder numa hora como essas. Uma das grandes dúvidas em caso de acidentes é: quem chamar, o Corpo de Bombeiros (basta discar 193 ao telefone) ou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) discar 192?
O que os dois serviços têm em comum é que ambos prestam primeiros socorros que podem ser decisivos para salvar vidas, fazendo o que se chama de Atendimento Pré-hospitalar (APH) que tem por objetivo a manutenção da vida e a minimização de sequelas, o que pode ser feito com uma simples recomendação ao telefone ou com envio de uma viatura de suporte básico ou avançado ao local da ocorrência.
Se tanto os bombeiros como o Samu fazem o APH, como saber quando chamar um ou outro? Para definir isso é importante antes fazer uma leitura rápida da circunstância e avaliar se há risco envolvido. Se há instabilidade no local e se a emergência oferece riscos a mais pessoas, podendo evoluir com maior gravidade, o mais indicado é que se acione o Corpo de Bombeiros. Os exemplos a seguir ilustrarão melhor o exposto.
A situação mais óbvia em que os bombeiros serão a opção prioritária são os incêndios, mas também podemos citar salvamentos aquáticos, desabamentos, deslizamentos de terra, vazamentos de gás, quedas (de altura superior a 7 metros), tentativas de suicídio e acidentes com pessoas presas nas ferragens (a exemplo da narrativa hipotética mencionada no início do texto).
Já o Samu tem outras atribuições, podendo ser chamado para dores no peito de aparecimento súbito, crises convulsivas, intoxicação, envenenamento, queimaduras graves, trabalhos de parto com situação de risco, perda de consciência, queda acidental, choque elétrico, crises hipertensivas. É válido ressaltar que há, ainda, os casos mais complexos em que ambos serviços são acionados a agir.