Envidraçar sacadas requer manutenção

Envidraçar sacadas requer manutenção

Como tudo na vida o envidraçamento de sacadas traz benefícios e obrigações para condôminos e síndicos, pois além da valorização do imóvel, do aproveitamento de espaços que é apontado como uma grande vantagem, a manutenção do sistema de vidros e sua estrutura deve ser observada com muita atenção.

 

O fechamento de halls, sacadas e salões com as chamadas cortinas de vidro tem se mostrado uma forte tendência. Contudo, antes de por a “mão na massa” e ousar na reforma, é preciso saber se o seu condomínio autoriza o encerramento desses espaços ou se há restrições para esse tipo de obra por descaracterizar a fachada.

Se a intervenção for permitida, é hora de pesquisar orçamentos, fornecedores e também as vantagens e desvantagens de se fazer essa alteração. Um dos benefícios do envidraçamento é o isolamento acústico que proporciona mais privacidade, as pessoas ficam mais à vontade, seja num ambiente de uso coletivo do condomínio ou na sua própria varanda. Em condomínios onde há muita criança ou mesmo animais de estimação, outro fator considerado vantajoso é a maior segurança, uma vez que o vidro funciona como uma barreira extra para evitar acidentes trágicos como quedas ou arremessos de objetos. Ao envidraçar um ambiente, também se garante menos sujeira por poeira ou poluição e também da água das chuvas, por exemplo. De modo que o ambiente fica mais isolado e menos sujo do que estaria se não houvesse uma barreira.

Depois da contratação e instalação, é muito importante lembrar da manutenção, o envidraçamento de sacadas pode se tornar um perigo dentro dos condomínios, caso não haja a devida manutenção preventiva e periódica, que deve ser feita segundo a norma técnica ABNT NBR 16.259 num prazo máximo de dois em dois anos. Vidros descolados, guias quebradas, eixos de roldanas torcidas, rolamentos rachados, entre outros, são alguns dos problemas que costumam aparecer após o segundo ano de uso do envidraçamento e podem provocar a queda de uma lâmina de vidro para fora da sacada, e essa cair em uma área comum do condomínio ou, na rua, em carros, em transeuntes, animais, etc.

Os síndicos devem se tornar figura central para a conscientização dos condôminos em relação ao perigo que podem estar correndo, devemos prevenir em vez de remediar, até porque o remediar pode causar danos muito sérios e até irreversíveis. Esse assunto deve ser abordado de tempos em tempos em assembleias por síndicos, administradores e que sejam feitos informativos internos para que todos saibam da necessidade de realizar manutenção no envidraçamento.

Daniel Souza diretor de uma empresa do segmento cita alguns exemplos de acidentes provocados pela falta de manutenção que acompanhou de perto: “Um vidro descolou no momento do manuseio e caiu sobre o condômino, fraturando seu braço. Em outro caso, o vidro estava com a roldana torcida e quando esta tombou o vidro bateu no rosto do usuário, que acabou levando vários pontos no rosto. Já tivemos relatos de vidros que se desprenderam e caíram na piscina do condomínio e em outro caso sobre carros na garagem. Recentemente atendemos uma ocorrência na Praia Grande-SP em que o sistema estava tão mal fixado que a pressão do vento o desprendeu inteiro. Os vidros acabaram caindo para dentro da sacada”.

Lembrem-se que há momentos em que não vale a pena economizar, quando se pode colocar em risco a segurança de vidas humanas. Para garantir uma manutenção satisfatória e duradoura, procure sempre contratar empresas idôneas e com boas referências, a manutenção de sacadas nunca deve ser feita por amadores. O morador ou condomínio deve procurar empresas especializadas com adequada infraestrutura, endereço físico, CNPJ e, por fim, um bom histórico.