O cuidado com a impermeabilização de superfícies é um assunto sério para o condomínio, isso porque a deterioração contínua causada pela umidade e eventuais infiltrações leva a processos danosos à estrutura que podem vir a comprometer a segurança predial.
O síndico deve estar atento ao cronograma de manutenções de seu edifício para garantir que esteja em dia a impermeabilização de lajes, terraços, coberturas, mezaninos, subsolos, reservatórios, etc.
Cada um desses locais terá uma vida útil prevista pelo seu fabricante. Todavia, de modo genérico, a partir do 10º ano de uso, os sistemas de impermeabilização já demandam substituição. Sabendo disso, é fundamental que o gestor já faça um planejamento financeiro incluindo tais despesas, evitando assim “gastos de última hora” para fazer um serviço que não é barato.
Para a execução da tarefa, é preciso ter cautela na contratação de profissionais, fugindo de “improvisos” e prezando por empresas reconhecidas na área. Deve ser elaborado um detalhamento do serviço, em etapas, com as devidas regras da ABNT, bem como um cronograma de cumprimento.
É válido ressaltar que a empresa também fica responsável pela segurança do trabalho dos funcionários e o descarte adequado de resíduos, conforme legislação. Ao término, a impermeabilização ganha um prazo de garantia e, a partir desse, é possível já programar a próxima manutenção.
Os prejuízos decorrentes da falta de conservação ou, ainda, da execução de serviços mal feitos podem ser desastrosos ao síndico e moradores: pintura de paredes e teto manchadas e emboloradas, danos a instalações elétricas, pastilhamento, cerâmicas e azulejos que se soltam facilmente, insalubridade para a saúde humana devido à proliferação de fungos, vírus e bactérias, e o mais importante, em casos avançados, infiltrações podem alcançar estruturas nobres do edifício promovendo oxidação e corrosão de armações metálicas vitais para a sustentação do prédio.
Escolhendo impermeabilizantes – A manta asfáltica é um método muito popular de impermeabilização em condomínios, por apresentar bom custo-benefício. Ela é flexível, de espessura variável, a depender da finalidade. O investimento na impermeabilização com manta asfáltica não é baseado apenas na manta escolhida, pois deve ser agregado também a mão de obra, projeto e outros insumos.
Outra opção para impermeabilizar superfícies é a membrana líquida, popularmente chamada de “manta líquida”. Esta é preferencialmente destinada a áreas em contato direto e constante com água, a exemplo de caixas d’água, piscinas, fontes, tanques. A aplicação tem como vantagem não usar produtos inflamáveis e poder ser feita a frio. Após secagem, a membrana formada protege a superfície tanto contra a água, quanto dos raios solares.
Também existe a impermeabilização com injeção de poliuretano hidroexpansivo, é uma outra forma de impermeabilizar eficaz para selar fissuras e trincas em estruturas de concreto, impedindo a infiltração de água e umidade. O poliuretano hidroexpansivo, ao entrar em contato com a água, expande-se, preenchendo os espaços e selando as áreas danificadas.