Olá a todos. Espero que estejam bem. Leiam com atenção
A NR-1 (Norma Regulamentadora 1) estabelece as bases para a aplicação de todas as outras NR’s (Normas Regulamentadoras). E se aplica aos condomínios.
A principal inovação da nova norma é a inclusão explícita dos riscos psicossociais como parte integrante do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO). Esta mudança reconhece oficialmente que fatores como estresse, assédio e pressão excessiva podem impactar significativamente a saúde dos trabalhadores.
As empresas devem identificar, avaliar e gerenciar os riscos psicossociais com o mesmo rigor aplicado aos riscos físicos e químicos.
A gestão de riscos psicossociais cuida da saúde mental dos trabalhadores. Problemas de saúde mental podem gerar custos significativos para as empresas, como afastamentos. E até mesmo processos trabalhistas.
O que muda com a nova NR-1?
A NR-1 atualizada reforça a importância de uma abordagem mais ampla sobre os riscos ocupacionais, incluindo:
– Avaliação dos riscos psicossociais, como: assédio moral, pressão excessiva por metas e desequilíbrio entre vida pessoal e profissional;
– Reforço à formação e capacitação de trabalhadores em saúde mental e bem-estar;
– Integração da nova NR com as demais normas de segurança já vigentes.
Desnecessário dizer que o ambiente em um condomínio potencializa o risco de uma doença psicossocial, dada a natureza do trabalho: contato direto e permanente com o público, principalmente em casos de reclamações e cobranças exageradas.
Não passo uma semana sem que receba relato de colaboradores que foram destratados, inclusive com xingamentos e, no extremo (e cada vez mais “comum”), tentativas de agressão, ou seja, você, gestor de condomínio, terá um elemento a mais para se preocupar a partir de maio: passar a cuidar, se ainda não o faz, da saúde mental dos colaboradores. Pois agora, como será previsto na Norma, poderá expor o condomínio a uma ação por danos morais e trabalhistas.
Entendo que o tema não deveria ser objeto de preocupação somente pela exposição ao risco de o condomínio vir a ser condenado. Pelo contrário, a preocupação é legítima para proteger nossas equipes e oferecer não somente apoio, mas, principalmente, condições saudáveis de trabalho.
E isso exige, sim, coragem do gestor pois irá demandar um constante programa de acompanhamento e práticas. E enfrentar pessoas que se mostram desequilibradas, petulantes e ameaçadoras.
Busque auxílio com pessoas e empresas especializadas. Improvisar, nesse caso, pode levar a ações inócuas ou até ter efeito contrário.
Cada vez mais o bom gestor deve incluir em suas rotinas práticas de preservação da saúde mental de suas equipes.
Até a próxima edição!
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