Olá a todos! Espero que estejam bem.
O mercado de sindicatura profissional está evoluindo rapidamente. E o nível de exigência, principalmente quanto a experiência e capacitação, aumentaram.
Isso é ótimo para todos e principalmente para nós, síndicos. Ainda existem muitos passos quanto aos processos seletivos, métricas de comparação e, principalmente, no exercício da função.
Os processos seletivos, raramente, são bem desenhados e transparentes. Alguém já viu algum condomínio “oferecer” a vaga além de seus muros, da indicação dos moradores ou da administradora?
O mercado tem bons profissionais, que poderiam participar do processo seletivo, sequer tomam conhecimento.
Claro, há algum grau de confiança (ou falta dela) quando o condomínio se restringe a receber indicações de quem está muito perto. E não abre a informação ao mercado.
Da mesma forma, os profissionais que conseguem concorrer recebem solicitações, às vezes, desproporcionais, insuficientes ou distorcidas. Fazem questionários aos síndicos como: Se tem apólice? Quantas horas e dias vai passar no condomínio? Mas raramente, passam um cenário da situação do condomínio. Se tem obras, dinheiro em caixa ou algum conflito interno. Meio caminho para dar errado. Quem contrata deve passar o cenário real para que o candidato, inclusive, precifique sua entrega. Pois depende muito das horas e dedicação que terá que entregar, nem que seja no período inicial.
Eleito, o síndico passa a enfrentar a síndrome do “Eu acho que…”.
Não de todos, mas dos moradores e também do conselho.
Anos de experiência e de formação são ignorados quando o síndico passa sua análise.
Começa a fase do “eu acho que não precisa”. “Eu acho que poderia fazer o oposto do sugerido”. “Eu acho que podemos evitar essa despesa”. “Eu acho que podemos fazer igual o condomínio do meu irmão/pai”.
E fica sendo um voto vencido em uma discussão que na maioria das vezes é técnica, baseada em conceitos, normas ou eventos anteriores já vivenciados pelo síndico. Ou seja, pagam por um profissional capacitado e experiente para passar a gestão com o conceito do “Eu acho que…”
Em algum momento, vai ocorrer um ponto de virada nessa situação, pois o modelo de sindicatura profissional ainda é muito recente, está em formação, evolução e criando conceitos com as experiências vividas nos condomínios que, somando-se, criam informações para sua evolução.
Enquanto isso fica o convite aos moradores e, principalmente, aos membros de conselho, que ouçam e, principalmente, entendam e apoiem as decisões dos síndicos profissionais.
Um conselho, seja em qual setor e nível estiver, deve ouvir atentamente as considerações do profissional, suas vivências e experiências baseadas em fatos concretos.
Precisamos definitivamente sair do conceito “Eu acho que…” para o estritamente técnico. Que o síndico se imponha como o condutor das decisões, respeitando as opiniões, principalmente controversas ou contraditórias, mas que não se deixe induzir ao erro por achismos na gestão.
Até a próxima edição!
roger@prosperoservicos.com.br / @prosperoprosindicatura