Olá a todos. Espero que estejam bem.
Pelo bem, temos percebido cada vez mais crescente a participação dos moradores nos assuntos do condomínio.
As solicitações, manifestações e cobranças aumentaram exponencialmente, principalmente após a pandemia, devido ao grande tempo literalmente vivendo (e usufruindo) do condomínio e de suas áreas comuns.
Também houve o aumento de assembleias online, o que permitiu a participação maciça dos condôminos de onde estivessem.
Vejo com muito bons olhos essa participação ativa dos moradores, pois é assim que tem que ser e cada vez, espero, tenhamos ainda mais participação.
De outro lado cresceu, e muito, a expectativa que o condomínio esteja pleno, perfeito, com absolutamente tudo funcionando, novo ou renovado.
Nesse ponto, cabe algumas reflexões por parte dos condôminos.
A primeira é que sem dinheiro em caixa nada funciona, se renova ou fica perfeito.
É cada vez mais comum nas assembleias de previsão orçamentária não aprovarem reajustes, mesmo aquele da inflação anual ou dos aumentos de salários das categorias.
E o argumento de sempre é que o condomínio está caro, ou que o condomínio do lado conseguiu baixar os valores, ou que existe oportunidade para baixar ou até zerar o reajuste.
Raramente esses argumentos são acompanhados de dados, de fatos ou comprovações, e acabam ficando mesmo no argumento.
Quem atua no mercado condominial tem conhecimento, tem dados e fatos.
Ninguém leva uma proposta de reajuste (salvo raríssimas exceções) sem ter estudado, negociado, planejado uma previsão orçamentária.
É comum ignorar a palavra de especialistas e adotar a opinião presente (e legítima) de um presente na assembleia.
Outros pontos de reflexão são as cobranças que o condomínio deve ter a mesma entrega de uma empresa. Ou seja, querem processos funcionando perfeitamente quando o condomínio tem apenas um zelador que, por vezes, tem limitações em sua formação educacional, não sabe lidar com tecnologia e tem dificuldades em liderar equipes.
O mesmo vale para os colaboradores de segurança. Pessoas também com formação limitada e com salários baixos, ganhando o piso da categoria.
Além das constantes infrações cometidas alguns moradores, que recaem sobre a administração para penalidades quando o condomínio não tem equipe de ronda e câmeras nas áreas comuns.
A gestão deve sempre fazer a parte dela, atuando de modo profissional e fazendo as entregas as quais tem obrigação.
A outra é dos moradores (“condomínio”) oferecendo as reais condições aos profissionais que lá trabalham. Passando por investimentos e dinheiro em caixa suprindo necessidade e demandas.
O convite é para que os moradores olhem com mais carinho as condições de trabalho que são oferecidas aos gestores e participem ativamente como membros de comissão ou conselho, ouçam os gestores para entender as limitações.
Todos vamos ganhar com isso.
Até a próxima edição!
roger@prosperoservicos.com.br / @prosperoprosindicatura