Portaria Virtual ou Orgânica?

Um Debate que Continua Atual

A escolha entre portaria virtual ou portaria orgânica nos condomínios segue como um dos temas mais debatidos entre síndicos, conselheiros e condôminos. A discussão se concentra, principalmente, em dois pilares: segurança e qualidade no atendimento a moradores, visitantes e fornecedores.

Os boletins de ocorrência policial, registrados diariamente, evidenciam que, independentemente do sistema adotado, o fator humano continua sendo essencial. A tecnologia, por mais avançada que seja, não elimina a necessidade de atenção, rigor com os protocolos, responsabilidade e preparo das pessoas envolvidas.

Nos últimos anos, o mercado passou a contar com soluções sofisticadas, nacionais e internacionais, capazes de oferecer monitoramento remoto, controle automatizado de acessos e inteligência artificial aplicada à gestão condominial.

Ainda assim, em muitos episódios, o que se observa é que falhas de protocolo humano acabam comprometendo todo o sistema tecnológico.

Por outro lado, as portarias orgânicas — aquelas com funcionários presencialmente alocados no condomínio — mesmo enfrentando elevados custos trabalhistas e operacionais, resistem bravamente. Em alguns casos, inclusive, há condomínios que retornaram ao modelo tradicional após situações em que as “tecnologias humanas” da portaria virtual não atenderam às expectativas de segurança ou de acolhimento.

Diante desse cenário, especialistas apontam que talvez a saída não esteja em escolher um sistema em detrimento do outro, mas em buscar modelos híbridos, que unam a eficiência da tecnologia à indispensável capacidade de discernimento e empatia do ser humano.

Afinal, segurança não é apenas barreira física ou digital, mas também confiança, prevenção e cuidado com a comunidade condominial.